Confesso que o meu, anos atrás, logo após minha formatura, era não ser capaz de produzir uma petição técnica e de provar o direito do meu cliente.
Em minha cabeça, o caminho correto para o meu futuro era advogar e, ainda assim, mesmo tendo me dedicado à faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e estagiado em conceituados escritórios de advocacia desde a primeira fase da faculdade, ainda sobrava um certo temor: “e se eu errar ou não conseguir ajudar meu cliente”?
A resposta para o meu tormento veio, como na maioria das vezes, na prática.
Um caso de direito penal “caiu no meu colo” no primeiro ano de formado. Sim, eu não tenho lá muitos amores pelo direito penal, mas, ciente da grande responsabilidade, topei o desafio de buscar ajudar o meu cliente.
Em meio aos estudos doutrinários e jurisprudenciais, após analisar algumas petições genéricas encontradas na internet, percebi claramente que para atuar com prudência e responsabilidade eu necessitava de alguém com maior bagagem sobre o tema, em especial a bagagem prática.
A solução foi impecável – Parceria!
Sim, a resposta é mais simples do que eu pensava: parceria.
Funcionou perfeitamente.
Não é necessário se tornar sócio de outro advogado, basta conversar com algum escritório de advocacia (ou um (a) advogado (a)) que você tecnicamente confie, apresentar o caso e realizar uma proposta de divisão dos honorários, assim todos ganham: você, o advogado parceiro e o cliente que estará bem assessorado e com uma petição individualizada e precisa.
Lembre-se que você manterá o cliente para você, enquanto o advogado parceiro realizará todo o trabalho técnico, ou seja, acompanhará os prazos, realizará as petições e, se necessário, as audiências.
Tudo pode ser previamente combinado pelos dois procuradores e pactuado por um breve contrato, prevendo os direitos e deveres de como será a atuação.
Diante da infinidade de áreas jurídicas, eu sinceramente penso ser impossível que um profissional da advocacia possua boa habilidade em todas as áreas do direito, sempre ficará uma lacuna.
Por isso, sempre procurei firmar parcerias nas áreas em que não tenho conhecimento aprofundado, da mesma forma que outros colegas me procuram nas áreas em que possuo mais afinidade.
Se você ou seu escritório não possuem o know-how, firme parceira com quem possua, atue com responsabilidade e busque dividir para ganhar, tanto em honorários como em boa técnica jurídica. A parceria, acima de tudo, será um grande aprendizado.
Faça uma boa pesquisa do escritório ou advogado (a) com quem irá “fechar a parceira” e dê prosseguimento nos negócios.
Busque sempre o que é melhor para o seu cliente, processos judiciais significam vidas e esperanças.
E você? qual foi (ou é) seu maior medo como advogado recém-formado?