Talvez você já tenha ouvido o termo ‘adoção à brasileira’ por aí. Porém, a verdade é que essa expressão deveria ser banida do nosso dia a dia.
Primeiro porque essa prática é crime passível de prisão.
Segundo porque esse tipo de prática pode gerar graves consequências negativas a todos os envolvidos (pais, mães, crianças e pretendentes à adoção) já que não segue o processo legal.
Terceiro porque a nossa nacionalidade não deveria ser sinônimo de algo errado e criminoso.
Há quem considere esse tipo de “adoção” um ato nobre, de amor. Porém, essa prática abre margem à marginalização de direitos, longas e desgastantes brigas judiciais, pode gerar sofrimento aos envolvidos, além de em alguns casos dar espaço para o roubo, venda e tráfico de crianças.
Além disso, o processo de adoção existe para garantir que os direitos de cada criança e adolescente sejam respeitados e para certificar que eles sejam recebidos em um lar preparado e repleto de amor e carinho.
Então, respeitar o processo de adoção também é um ato de amor, de responsabilidade.
É claro que nem sempre uma adoção informal envolve tráfico de crianças, às vezes é alguém que até mesmo desconhece o processo legal e apenas tenta fazer uma boa ação.
Nesses casos, o caminho correto é regularizar a situação.
Para isso, a família deve contratar advogado especializado e dar entrada em um processo no Juizado da Infância e da Juventude.
E, claro, ao longo dos trâmites para regularização, os direitos e bem-estar da criança ou do adolescente sempre devem ser colocados em primeiro lugar.
É apenas unidos e compartilhando conhecimento que podemos mudar o cenário brasileiro para melhor.
As mudanças podem começar até mesmo nos termos que utilizamos.