Pensão não é uma esmola, uma ajuda ou uma forma de extorsão. É um direito!
Mesmo sabendo que o dinheiro é destinado aos cuidados dos filhos, muitos pais/mães ainda se incomodam com o pagamento e fazem de tudo para reduzir os valores.
Em alguns casos, o fato de o pai ou a mãe não ter carteira assinada é usado para justificar uma renda menor (ou instável) e, assim, solicitar redução no valor da pensão.
O estilo de vida, no entanto, diz outra coisa: baladas, objetos caros, viagens internacionais, etc.
Como não existe um salário fixo, o pai ou a mãe tenta tirar vantagem disso e afirma que sua renda é menor do que realmente é.
Em situações assim, a mãe ou o pai pode, sim, utilizar os registros de redes sociais como prova na justiça.
Podemos dar como exemplo um caso que virou notícia há alguns anos, justamente aqui em Santa Catarina: o pai afirmava estar desempregado, vivendo de bicos, e pagava R$250/mês de pensão.
Na prática, frequentava festas de 10 dias em Jurerê Internacional (Floripa), viagens de avião, jóias, dermatologistas caros, Iphone de última geração.
A ex-mulher reuniu todas essas informações em um dossiê para mostrar que, na verdade, o homem não tinha um estilo de vida compatível com aquele que ele alegava à justiça.
Pode ser que nem sempre o juiz considere essas informações como provas suficientes.
Nem todos os tribunais aceitam esse tipo de prova.
Há aqueles que consideram esse tipo de prova frágil, afinal, nem sempre a vida mostrada nas redes condiz com a realidade.
Porém, é possível que, vendo os registros, o juiz identifique uma incoerência na narrativa do pai ou da mãe e peça quebra de sigilo bancário e fiscal.
Em caso de dúvida ou não cumprimento do acordo de pensão, procure um profissional especializado.