Normalmente pensamos no testamento como algo voltado para o patrimônio, certo? Aquele que trata de imóveis, dinheiro, etc.
Porém, existe também o que chamamos de ‘testamento vital’, referente às vontades do ser humano.
Sabe aqueles desejos específicos que uma pessoa pode ter a respeito do próprio funeral? Ou então sobre ser doador de órgãos?
Essas questões existenciais também podem constar no testamento.
Alguns outros exemplos:
– a pessoa quer ser cremada em vez de sepultada;
– quer ter o direito a uma morte digna;
– não quer ser ressuscitado;
Também podem ser registrados os desejos com relação ao reconhecimento de filhos, médicos de confiança e até mesmo quem ficaria responsável por tomar decisões em caso de perda de consciência.
Essas questões também podem ser documentadas em um codicilo. Porém, esse documento não tem o mesmo valor que um testamento e pode até mesmo ser revogado por um.
O testamento pode ser feito por qualquer pessoa a partir dos 16 anos que tenha pleno discernimento. O documento pode ser revogado pelo autor a qualquer momento, seja de forma parcial ou total.
Deixar as suas vontades registradas em testamento ajuda a garantir que elas serão seguidas. Mas, além disso, pode ser interessante conversar com a sua família sobre o assunto.
Por vezes é muito difícil pensar, planejar essas questões que envolvem morte e luto.
Porém, ao planejar, você diminui as chances de brigas e disputas e ajuda as decisões a ficarem mais organizadas.
Conversar sobre esse assunto não deveria ser um tabu. Infelizmente, muitas famílias evitam o tema e, quando acontece o falecimento, precisam lidar com o luto, brigas, disputas judiciais e tantas outras preocupações.
Infelizmente, temos que ser realistas: um testamento não torna as coisas menos burocráticas. Ele torna tudo mais organizado e, de certa forma, menos pesado emocionalmente, o que já é um grande alento.
Então, ter um planejamento patrimonial ou até mesmo um testamento vital também é uma forma de cuidar das pessoas que você gosta.